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Como se estrutura um Empenho orçamentário

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Como se estrutura um empenho orçamentário

O empenho orçamentário é uma ferramenta fundamental na gestão financeira pública, permitindo que os gestores realizem a previsão e a execução de despesas de forma organizada e controlada. A estruturação do empenho envolve diversas etapas que garantem a legalidade e a eficiência na utilização dos recursos públicos. Primeiramente, é essencial que o gestor tenha um planejamento orçamentário detalhado, que deve ser elaborado com base nas necessidades da instituição e nas diretrizes estabelecidas pela legislação vigente. Este planejamento deve incluir a identificação das despesas a serem realizadas, os valores estimados e a fonte de recursos que será utilizada. A partir desse planejamento, o gestor pode iniciar o processo de empenho, que consiste na formalização do compromisso de pagamento, garantindo que os recursos financeiros estejam disponíveis para a execução das despesas.

Etapas do processo de empenho

A estruturação do empenho orçamentário passa por várias etapas, começando pela solicitação do empenho, que deve ser feita por meio de um documento formal, geralmente denominado ‘pedido de empenho’. Este documento deve conter informações detalhadas sobre a despesa, como a descrição do objeto, o valor, a data de execução e a dotação orçamentária correspondente. Após a solicitação, o gestor responsável deve analisar a viabilidade do empenho, verificando se os recursos estão disponíveis e se a despesa está de acordo com o planejamento orçamentário. Uma vez aprovada a solicitação, o empenho é formalizado por meio de um documento específico, que deve ser registrado no sistema de controle financeiro da instituição. Esse registro é crucial, pois garante a transparência e a rastreabilidade das despesas públicas.

Documentação necessária

Para a efetivação do empenho orçamentário, é imprescindível que toda a documentação necessária esteja em conformidade com as exigências legais. Isso inclui, entre outros, o contrato ou a nota de empenho, que deve ser assinado pelas partes envolvidas, além de comprovantes que atestem a regularidade fiscal e trabalhista do fornecedor ou prestador de serviços. A documentação deve ser organizada e arquivada de forma sistemática, facilitando a auditoria e o controle interno. A falta de documentação adequada pode resultar em problemas legais e financeiros, comprometendo a execução do orçamento e a credibilidade da gestão pública.

Tipos de empenho

Existem diferentes tipos de empenho orçamentário, que variam conforme a natureza da despesa e a forma de contratação. O empenho pode ser classificado como empenho global, que é utilizado para despesas que envolvem múltiplos pagamentos, ou empenho por estimativa, que é utilizado quando o valor da despesa não pode ser determinado com precisão no momento da contratação. Além disso, o empenho pode ser discricionário, quando o gestor tem liberdade para decidir sobre a execução da despesa, ou vinculativo, quando a despesa está atrelada a uma obrigação legal. A escolha do tipo de empenho adequado é crucial para a correta execução orçamentária e para o cumprimento das normas fiscais.

Controle e acompanhamento do empenho

O controle e o acompanhamento do empenho orçamentário são etapas essenciais para garantir a eficiência na gestão financeira. É fundamental que o gestor mantenha um registro atualizado de todos os empenhos realizados, monitorando a execução das despesas e a disponibilidade de recursos. Ferramentas de gestão financeira, como sistemas de informação e relatórios periódicos, podem auxiliar nesse processo, proporcionando uma visão clara sobre a situação orçamentária da instituição. O acompanhamento rigoroso permite identificar possíveis desvios e tomar decisões corretivas a tempo, evitando problemas financeiros e legais.

Cancelamento e anulação de empenhos

O cancelamento e a anulação de empenhos orçamentários são procedimentos que podem ser necessários em diversas situações, como quando a despesa não se concretiza ou quando há alteração no planejamento orçamentário. O cancelamento é a interrupção do compromisso de pagamento, enquanto a anulação é a exclusão do registro do empenho no sistema financeiro. Ambos os procedimentos devem ser realizados de acordo com a legislação vigente e requerem a devida documentação que justifique a decisão. A falta de controle sobre o cancelamento e a anulação pode levar a problemas de gestão e a questionamentos legais, por isso é importante que esses processos sejam realizados com rigor.

Impacto do empenho na execução orçamentária

O empenho orçamentário tem um impacto significativo na execução do orçamento público, pois é a partir dele que as despesas são efetivamente autorizadas e realizadas. Um empenho bem estruturado contribui para a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos, permitindo que os gestores cumpram suas obrigações financeiras de forma eficiente. Além disso, o empenho é um mecanismo que assegura que os recursos sejam utilizados de acordo com as prioridades estabelecidas no planejamento orçamentário, evitando desperdícios e promovendo a boa governança. A correta estruturação do empenho é, portanto, um elemento-chave para o sucesso da gestão financeira pública.

Legislação e normativas relacionadas ao empenho

A estruturação do empenho orçamentário deve estar em conformidade com a legislação e as normativas que regem a administração pública. No Brasil, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) são exemplos de normas que estabelecem diretrizes para a execução orçamentária e a gestão financeira. É fundamental que os gestores estejam atualizados sobre as mudanças na legislação e as orientações dos órgãos de controle, como tribunais de contas e ministérios, para garantir que o empenho seja realizado de acordo com as melhores práticas e normas vigentes. O não cumprimento das normativas pode resultar em sanções e penalidades, comprometendo a integridade da gestão pública.

Importância da capacitação dos gestores

A capacitação dos gestores públicos é um fator determinante para a correta estruturação do empenho orçamentário. Investir em treinamentos e cursos que abordem temas como planejamento orçamentário, legislação fiscal e gestão financeira é essencial para que os profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios da administração pública. A formação contínua permite que os gestores desenvolvam habilidades e conhecimentos necessários para tomar decisões informadas e eficazes, contribuindo para a melhoria da gestão financeira e a transparência na utilização dos recursos públicos. Além disso, a troca de experiências e a construção de redes de colaboração entre os gestores podem enriquecer o aprendizado e promover boas práticas na gestão orçamentária.

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